Grupo C - Segundo Ano 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Passado dos anfíbios

Paleontologia: Britânica acha o 1º vertebrado terrestre

Fóssil de anfíbio escocês de 350 milhões de anos possui patas que permitiam a locomoção em terra firme

Um bicho esquisito, com seis dedos nas patas da frente e jeito de crocodilo, pode ser o elo que faltava na cadeia que une os vertebrados terrestres aos peixes. É Pederpes finneyae, anfíbio escocês de 350 milhões de anos que foi o primeiro do grupo a andar em terra firme.
Bem, nem tão firme assim: a criatura, com uns 65 cm de comprimento (fora a cauda, que não foi preservada), vivia em pântanos ou lagunas costeiras, ainda bastante dependente da água.
Desde 71, contudo, o fóssil do animal permaneceu enfurnado num museu em Glasgow, na Escócia, sem que ninguém tivesse a mínima idéia de sua importância. É que ele foi confundido com um mero peixe do Carbonífero -período que vai de 360 milhões a 286 milhões de anos atrás, durante o qual a criatura viveu.
Apesar da identificação errada, Peder Aspen, cientista norueguês que achou o animal, foi homenageado com o nome Pederpes ou 'o rastejador de Peder'.
O P. finneyae, muito provavelmente um predador de invertebrados e peixes, preenche uma lacuna de 20 milhões de anos na evolução dos vertebrados terrestres, no qual os bichos que haviam saído da água se diversificavam rapidamente para ocupar o novo domínio.
Nenhum dos anfíbios do período anterior, o chamado Devoniano, parece capaz de caminhar em terra, enquanto os animais mais recentes já estão completamente ajustados ao ambiente seco. Ou seja, o P. finneyae é um perfeito elo perdido.
O fóssil mostra marcas claras de patas bem estabelecidas, com cinco dedos atrás e seis na frente -o sexto dedo, meio atrofiado, está num ângulo diferente dos outros. Esquisito, mas nem tanto, quando se trata de um anfíbio primitivo, explica Carroll.
O planeta colonizado pelo P. finneyae deixava de ter vida exclusivamente nos oceanos para presenciar um exuberante crescimento de organismos em terra. 'Os mais antigos ancestrais das gimnospermas [grupo que inclui os pinheiros atuais', as progimnospermas, tinham evoluído no começo do Devoniano, bem antes do P. finneyae', diz Carroll.
Essa vegetação rica, que também incluía as ancestrais das atuais samambaias, estava cheia de pequenos animais do grupo dos artrópodes, que inclui insetos e aranhas. O clima do planeta na época era tropical e úmido.
Para Clack, é difícil saber se o anfíbio escocês tem alguma relação com sapos e salamandras, principais representantes do grupo hoje. 'A relação entre os grupos é muito obscura', afirma.



Fóssil de anfíbios descoberto na Antártida!


Anfíbio fóssil "do norte" descoberto na Antártida




Uma equipa científica internacional descobriu os restos inesperados de um grande anfíbio na Antártida, em rochas datadas de há 245 milhões de anos, indica um estudo hoje publicado. No final de um longo trabalho de análise do fóssil, constituído por uma porção de crânio de 60 centímetros de comprimento, os cientistas constataram com surpresa que se tratava de um anfíbio do género Parotosuchus.
A existência desta "salamandra" gigante, de mais de dois metros, não é por si só uma descoberta, já que várias espécies destes animais que povoaram a Terra 40 milhões de anos antes dos primeiros dinossáurios foram descritas a partir de restos provenientes da África do Sul, Alemanha, Rússia, Cazaquistão e Estados Unidos. A novidade é a sua descoberta tão a sul, no continente gelado, em plenos Montes Transantárcticos.
Isso revela que estes anfíbios viveram também a 2.000 quilómetros a sul do ponto mais austral onde a sua presença era até agora conhecida (a bacia de Karoo, na África do Sul) numa época em que a África e a Antártida era um só continente, a Pangea.
Estes restos fósseis mostram que "as condições climáticas do Triásico inferior ou do início do Triásico médio eram bastante amenas, pelos menos sazonalmente, para que um animal de sangue frio semi- aquático pudesse viver na margem sul da Pangea, segundo os autores do estudo.
Membros do grupo dos Temnospondyli, os Parotosuchus eram predadores que viviam em lagos e cursos de água. Tinham pele escamosa e coberta de couro, diferente da textura lisa dos actuais anfíbios e dos seus primos afastadas, as salamandras. Pensa-se que se deslocavam na água como as enguias, ondulando o corpo e a barbatana caudal.
O estudo - da autoria de Jean-Sébastien Steyer, do Museu Nacional de História Natural de Paris, Christian Sidor, do Nuseu Burke de Seattle (Washington) e Ross Damiani, do Museu de História Natural de Estugarda (Alemanha)



'Sapo do capeta' podia comer bebês dinossauros, dizem paleontólogos

Criatura viveu no noroeste de Madagascar no fim da era dos dinos, há 70 milhões de anos.
Com quase meio metro e cinco quilos, Beelzebufo foi maior sapo de todos os tempos.
Ele era o maior, o pior, o mais malvado sapo que já pulou sobre a superfície da Terra. Tão assustador que os paleontólogos que descobriram seus restos fossilizados no noroeste de Madagascar lhe deram o nome científico de Beelzebufo -- uma mistura de "Belzebu" com "sapo", em latim. Para os íntimos, o "sapo do capeta", que viveu há cerca de 70 milhões de anos.

Concepção artística compara o 'sapo do capeta' com seu maior parente vivo hoje em Madagascar

A julgar pelo seu tamanho, o anfíbio era capaz de comer dinossauros recém-nascidos. Maior do que qualquer sapo vivo hoje, o Beelzebufo também pode ter sido o maior sapo de todos os tempos, afirma o paleontólogo David Krause, da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, um dos responsáveis por estudar a espécie extinta. O animal chegava a 41 cm de comprimento e pesava quase 5 kg. Além disso, possuía uma boca enorme e mandíbulas poderosas.
"Não é impossível que o Beelzebufo abatesse lagartos, mamíferos, sapos menores e até dinossauros recém-nascidos", afirma Krause. "Deve ter sido um bicho bem malvado", confirma Susan Evans, paleontóloga do University College de Londres, que também participou da pesquisa.
Bombado
O Beelzebufo provavelmente vivia num ambiente semi-árido e caçava usando sua camuflagem, saltando de forma inesperada sobre suas presas. Embora fosse o rei dos sapos, o animal não é o maior anfíbio que já existiu. Animais como o Prionosuchus, do período Permiano (que terminou há 250 milhões de anos), pareciam crocodilos e chegavam a 9 metros.


FONTES:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=3227
http://dinogeologico.blogspot.com/2007/04/anfbio-fssil-do-norte-descoberto-na.html
http://www.acemprol.com/viewtopic.php?f=16&t=10695


ISIS MOCNY COUTINHO

Nenhum comentário:

Postar um comentário