Investigadores espanhóis e norte-americanos identificaram um tipo de células que participam na reparação cardíaca. Observando um peixe-zebra, os cientistas desvendaram parte do segredo dessa regeneração. Se este animal fica com o coração danificado por alguma razão consegue repará-lo no espaço de um mês. No estudo agora publicado na «Nature», os investigadores do Instituto Salk, na Califórnia, e do Centro de Medicina Regenerativa de Barcelona demonstram que são os cardiomiócitos (células do músculo cardíaco que permitem a contracção do coração) que permitem a regeneração.
Os cientistas acreditam que os mamíferos não estão tão distantes desse processo. Os corações humanos são incapazes de se regenerar. Depois de um ataque cardíaco, o músculo saudável é substituído por tecido com cicatrizes que não volta a contrair-se. No entanto, antes da bomba cardíaca se esgotar, as células do coração entram num estado de hibernação para tentarem salvar-se.Este comportamento sugere que a regeneração nos mamíferos pode não ser uma utopia.
A maneira pela qual a natureza trata o coração danificado parece ser muito mais simples. A ideia seria tentar imitar o que acontece no peixe-zebra. Evitar o implante de células exteriores e tentar activar a regeneração endógena pela diferenciação dos cardiomiócitos já existentes. Isso poderia ser feito, por exemplo, utilizando compostos químicos.
Artigo: Zebrafish heart regeneration occurs by cardiomyocyte dedifferentiation and proliferation
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